tag:blogger.com,1999:blog-67232710070906538252024-03-19T02:37:14.287-07:00Quero ser grandeIsa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.comBlogger69125tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-83852138939545247352011-12-20T20:34:00.000-08:002011-12-20T20:35:32.710-08:00"As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem"<br /><br /><a href="https://twitter.com/#%21/inquietudine">@inquietudine</a>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-12199085449571261982010-06-21T20:16:00.000-07:002010-06-21T21:02:38.992-07:00<div style="text-align: justify;">"- O que vc tem que está toda ensimesmada? - pergunta ele com seu sotaque arrastado, com um palito na boca, como de hábito.<br />- Não pergunte - respondo, mas em seguida começo a falar e lhe conto tudinho, concluindo com: - E o pior de tudo é que não consigo deixar de pensar obsessivamente no David. Pensei que tivesse esquecido ele, mas está tudo voltando.<br />- Espere mais 6 meses, vai se sentir melhor - diz ele.<br />- Eu já esperei 12 meses, Richard.<br />- Então espere mais 6. Vá somando mais 6 meses até acontecer. Essas coisas levam tempo.<br />Solto o ar pelo nariz com força, como um touro.<br />- Escute aqui, Sacolão - diz Richard - Algum dia vc vai olhar para trás, para este momento da sua vida, e pensar que época deliciosa de luto ele foi. Vai ver que estava lamentando a sua perda, e que seu coração estava despedaçado, mas que a sua vida estava mudando, [...].<br />- Mas eu amava ele de verdade.<br />- Grande coisa. Vc se apaixonou por uma pessoa, e daí? Não entende o que aconteceu? Esse cara tocou um lugar do seu coração mais profundo do que vc pensava que era capaz de alcançar. Em outras palavras, vc foi <span style="font-style: italic;">fisgada</span>, menina. Mas esse amor que vc sentiu foi só o começo. Isso é só o amor mortal, limitado, café com leite. Espere para ver como vc é capaz de amar mais profundamente do que isso. Nossa, Sacolão... vc tem a capacidade de um dia amar o mundo inteiro. É o seu destino. Não ria.<br />- Não estou rindo - Na verdade, eu estava chorando. - E, por favor, não vá vc rir de mim agora, mas acho que o motivo pelo qual é tão difícil para mim esquecer esse cara é que eu realmente achava que o David fosse a minha alma gêmea.<br />- Provavelmente era. O problema é que vc não entende o que essa expressão significa. As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo vc, a pessoa que chama a sua atenção para vc mesmo para que vc possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que vc vai conhecer, pq elas derrubam suas as paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a vc uma outra camada de vc mesmo, e depois vão embora. Acabou, Sacolão. A missão do David era acordar vc, [...], destroçar um pouquinho seu ego, mostrar para vc os obstáculos e vícios, despedaçar seu coração para uma nova luz poder entrar, deixar vc tão desesperada e fora de controle que vc <span style="font-style: italic;">fosse obrigada</span> a transformar a sua vida [...]. Essa era a função dele, e ele foi ótimo, mas agora acabou. O problema é que vc não consegue aceitar isso, que esse relacionamento tinha um prazo de validade bem curto. Vc parece um cachorrinho cheirando lixo, baby... fica lambendo uma lata vazia, tentando tirar mais comida de lá de dentro. E, se vc não tomar cuidado, essa lata vai ficar presa no seu focinho para sempre e tornar sua vida infeliz. Então largue isso.<br />- Mas eu amo ele.<br />- Então ame ele.<br />- Mas eu sinto saudade dele.<br />- Então sinta saudade. Mande um pouco de amor e luz sempre que pensar nele, depois esqueça. Vc só está com medo de largar os últimos pedacinhos do David pq aí vai estar sozinha de verdade, e Liz Gilbert morre de medo do que vai acontecer se ficar realmente sozinha. Mas o que vc ainda precisa entender é o seguinte, Sacolão. Se vc liberar todo esse espaço na sua mente que está usando agora na sua obsessão por esse cara, vai descobrir um vazio ali, um espaço aberto... uma <span style="font-style: italic;">entrada</span>. E adivinha o que o universo vai fazer com essa entrada? Ele vai entrar... Deus vai entrar... e vai encher vc com mais amor do que vc jamais sonhou. Então pare de usar o David para fechar essa porta. Esqueça isso.<br />- Mas eu queria que eu e o David...<br />Ele me interrompe.<br />- Está vendo, é esse o seu problema. Vc quer coisas demais, baby. Parece uma galinha tentando quebrar o próprio ossinho da sorte.<br />[...]"<br /></div><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:78%;">trecho de 'Comer, rezar, amar' - Elizabeth Gilbert<br /><br /><br /></span><div style="text-align: left;">minha vida, com suas devidas alterações.<br /><span style="font-size:85%;">apesar de haver uma clara coincidência, se é que alguém acredita em coincidências!</span><br /><br /><span style="font-size:100%;">incrível como um livro pode ser espelho tão fiel.<br />é, de certa forma, reconfortante encontrar o meu discurso nas linhas de outra pessoa.<br />sinal de que não tô sozinha no mundo, né?<br />mas isso eu já sabia :)<br />felizmente, não tô sozinha no mundo!!<br /><br />enfim, isabela.<br />é chegada a hora.<br />pq a alma gêmea que vc conheceu pode não existir mais. e dae, não existindo mais, é hora de largar o osso.<br /><br />então largue isso.</span><br /></div></div>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-51034671132286798992010-05-27T23:19:00.000-07:002010-05-27T23:20:42.268-07:00<span style="font-family: verdana;font-size:85%;" >'Achei um amor debaixo da mesa do bar. Haviam montes de anúncios brilhando em volta, uma poluição visual bem louca, e aquela poesia escancarada das noites amarelas de verão. Love blues. A bebida me adocicava por dentro, para ser sincera. Estranhei. Eu sou amarga. Sorri sem esperar nada da vida, e fui feliz. Línguas emboladas, palavras decifradas por dentro, segredos vindo à tona. Um gole a mais e eu já era bailarina.<br /><br />Entre cochichos, gargalhadas, todo mundo ali mendigava carinho. Recitei Cazuza. Ardia. Eu poderia ser encontrada como nunca fui, naquelas horas. Tudo o que já escrevi, coube ali. Encenado. Despejado. Porque eu, na verdade, tava doendo. Ainda tô. Vai ser assim por um tempo, a amiga disse. E tanto, tanto foi dito. Sentido. Exposto.</span> <span style="font-family: verdana;font-size:85%;" ><br /><br />Eu contei como amo. Desesperadamente inteira. Vacilando. Exagerada. Sem-razão. Maltratei minhas emoções, queimei meus versos, chorei. Doeu. Notei que, enquanto eu silenciava, ele era só meu. Uma vez palavreado, passou a escapar de mim aos poucos. Decidi então que deixaria o amor ir, para ser de todo mundo. Para estar salvo.</span> <span style="font-family: verdana;font-size:85%;" ><br /><br />Briguei com Chico enquanto ele veio me falar de coisas que eu vivi, que ele viveu, e que acabou. E que depois vai começar de novo. E acabar. E começar. É um ciclo. De tanto contar, pensei: era tanto que não dei conta. Pensei e não disse. Deixei pedaços vermelhos do esmalte pelo chão. Eu me apaixono demais, tem muitos pedaços espalhados por aí.</span> <span style="font-family: verdana;font-size:85%;" ><br /><br />Eu ouvi, também. Todo mundo ali já amou imenso. Percebi pelo jeito de sorrir. Toda vez que um amor vai, a gente perde um jeito de sorrir que tinha. Levei pancadas deliciosas, verdadeiras. Muita coisa rompeu. A vodka veio temperada com momentos de silêncio. Eu me apaixonei pelo violão do moço. Me apaixonei pela luz que me vestiu. Me apaixonei por todas as palavras que foram ditas. Emudeci. Ouvi coisas realmente bonitas e lembrei dele, dono de todas as coisas mais bonitas que ouvi. Perdi o olhar, discreta. Parei de lembrar. Cansei de inventar.</span> <span style="font-family: verdana;font-size:85%;" ><br /><br />Minhas cores estão todas borradas, porque eu bati histórias românticas no liquidificador. Hoje à tarde choveu. Minha memória foi se perdendo de propósito. Já não detalho muita coisa. As lembranças pedem para virar imaginação. E eu tenho um medo bem grande, agora. Medo de deixá-lo passar. Porque sei que passa. Medo de deixar de amar. Penso que amar, para mim, é uma distração. Eu saio por aí catando amores que tropeçam no meio fio. Me apaixono por qualquer despertar. Minha alma tem vezes de prostituta, precisa disso tudo. Errado, assim.</span> <span style="font-family: verdana;font-size:85%;" ><br /><br />Mas daí você vai sofrer de novo, dizem os medrosos. E o bom da vida é o que? É sentir. Des-pe-da-çar. Refazer. Quando tudo se rasga, quem costura sou eu. Dou conta. Se amanhã eu acordar e resolver amar pra caralho, eu amo. Ele, você, outro. Ponto. Que venha a mim todo o amor que houver nessa vida, o tempo inteiro. Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim.</span> <span style="font-family: verdana;font-size:85%;" ><br /><br />Então, tinha um amor debaixo da mesa do bar. Coube no meu copo. No meu corpo. E eu já era bailarina.</span><span style="font-family: verdana;">'</span><br /><br />JayaIsa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-11897470843942695352010-05-27T23:01:00.001-07:002010-05-27T23:01:55.256-07:00Na berlinda, o coração<div class="post-header"> </div> <div style="font-family: verdana;" align="justify"><span style="font-size:85%;">'Há momentos em que tudo o que a gente precisa é dar colo para o próprio coração. Aconchegá-lo no nosso olhar de escuta. Deixar que perceba que naquele instante todas as outras coisas podem nos esperar um pouco; ele, não. Ele é o nosso rei e o nosso reino. O papel para desenho e a caixa de lápis de cor. A música e a orquestra. Nossa bússola e nosso mar. A flor, o pólen, a borboleta, ao mesmo tempo. A colméia e o mel. O centro onde tudo principia e para o qual tudo converge. Ele não pode esperar.<br /><br />O coração da gente gosta de atenção. De cuidados cotidianos. De mimos repentinos. De ser alimentado com iguarias finas, como a beleza, o riso, o afeto. Gosta quando espalhamos os seus brinquedos no chão e sentamos com ele para brincar. E há momentos em que tudo o que ele precisa é que preparemos banhos de imersão na quietude para lavarmos, uma a uma, as partes que lhe doem. É que o levemos para revisitar, na memória, instantes ensolarados de amor capazes de ajudá-lo a mudar a freqüência do sentimento. Há momentos em que tudo o que precisa é que reservemos algum tempo a sós com ele para desapertá-lo com toda delicadeza possível. Coração precisa de espaço.'<br /><br />Ana Jácomo<br /></span></div>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-20728762982620455802010-05-27T22:52:00.001-07:002010-05-27T22:52:47.327-07:00'Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente. Há amor para todo mundo. Há amor para quem quer se conectar com ele. Não perdemos quando damos: ganhamos junto.'<br /><br /><br />Ana JácomoIsa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-62662825505942822132010-04-12T21:15:00.000-07:002010-04-12T21:17:18.261-07:00Diários de São Paulo (vol. I ou - O Amor Segundo Hélio Oiticic<span style="font-family: georgia;">"Estou aqui nesse lugar onde tudo é comprável e tanta coisa acontece no meu coração que fica difícil priorizar: eu ainda te odeio, mas tenho uma vontade de te participar de cada passo que dou quando cruzo avenidas bem mais largas que as nossas, eu ainda te adoro, mas tenho ímpetos violentos e irreversíveis à mera menção do teu nome: te xingo, por via das dúvidas."</span><br /><br /><span style="font-family: georgia;">http://www.euescrevoeteconto.blogspot.com/</span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-38069854116006801752010-03-13T18:38:00.000-08:002010-03-13T18:39:08.414-08:00Amor não se pede<p> </p><div align="justify"><em><strong>Por Tati Bernardi</strong></em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo. Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump. Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito. </div><div align="justify">Mas amor não se pede, imagine só. Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. Amor não se pede, é uma pena. </div><div align="justify">É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira. É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema? Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei. </div><div align="justify">Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta. Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar. Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia. Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta. Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. </div><div align="justify">É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida. </div><div align="justify">É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe. </div>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-70337709016174868982010-01-31T20:07:00.001-08:002010-01-31T20:07:29.958-08:00mania de explicação<div align="justify">Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa.<br /><br /><strong>Explicação</strong> é uma frase que se acha mais importante do que a palavra.<br />As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha.<br /><strong>Solidão</strong> é uma ilha com saudade de barco.<br /><strong>Saudade</strong> é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.<br /><strong>Lembrança</strong> é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.<br /><strong>Autorização</strong> é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.<br /><strong>Pouco</strong> é menos da metade.<br /><strong>Muito</strong> é quando os dedos da mão não são suficientes.<br /><strong>Desespero</strong> são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.<br /><strong>Angústia</strong> é um nó muito apertado bem no meio do sossego.<br /><strong>Agonia</strong> é quando o maestro de você se perde completamente.<br /><strong>Preocupação</strong> é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.<br /><strong>Indecisão</strong> é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.<br /><strong>Certeza</strong> é quando a idéia cansa de procurar e pára.<br /><strong>Intuição</strong> é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.<br /><strong>Pressentimento</strong> é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.<br /><strong>Renúncia</strong> é um não que não queria ser ele.<br /><strong>Sucesso</strong> é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.<br /><strong>Vaidade</strong> é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.<br /><strong>Vergonha</strong> é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.<br /><strong>Orgulho</strong> é uma guarita entre você e o da frente.<br /><strong>Ansiedade</strong> é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.<br /><strong>Indiferença</strong> é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.<br /><strong>Interesse</strong> é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.<br /><strong>Sentimento</strong> é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.<br /><strong>Raiva</strong> é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.<br /><strong>Tristeza</strong> é uma mão gigante que aperta seu coração.<br /><strong>Alegria</strong> é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.<br /><strong>Felicidade</strong> é um agora que não tem pressa nenhuma.<br /><strong>Amizade</strong> é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.<br /><strong>Decepção</strong> é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.<br /><strong>Desilusão</strong> é quando anoitece em você contra a vontade do dia.<br /><strong>Culpa</strong> é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.<br /><strong>Perdão</strong> é quando o Natal acontece em maio, por exemplo.<br /><strong>Desculpa</strong> é uma frase que pretende ser um beijo.<br /><strong>Excitação</strong> é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.<br /><strong>Desatino</strong> é um desataque de prudência.<br /><strong>Prudência</strong> é um buraco de fechadura na porta do tempo.<br /><strong>Lucidez</strong> é um acesso de loucura ao contrário.<br /><strong>Razão</strong> é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.<br /><strong>Emoção</strong> é um tango que ainda não foi feito.<br /><strong>Ainda</strong> é quando a vontade está no meio do caminho.<br /><strong>Vontade</strong> é um desejo que cisma que você é a casa dele.<br /><strong>Desejo</strong> é uma boca com sede.<br /><strong>Paixão</strong> é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra.<br /><strong>Amor</strong> é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um desadoro... Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.<br /><br /><strong>Adriana Falcão</strong></div>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-57742405058024098622009-12-13T15:52:00.001-08:002009-12-13T15:53:44.107-08:00*We all know what's happening here because it's happened before. Like an avalanche, there's nothing we can do about it so we don't even need to speak. But this time, if we're covered by the ice and snow, I will hold you tight. I will keep you warm."<br /><br />http://pleasefindthis.blogspot.com<br /><br /><br /><br /><br />tudo o que eu queria falar. e fazer. e me permitir sentir.Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-39309654405878153812009-11-04T19:55:00.000-08:002009-11-04T19:56:20.628-08:00<span style="font-family: verdana;">'Para perder menos tempo com joguinhos. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Para vencer o medo.</span><br /><span style="font-family: verdana;">Para dizer o que tiver que ser dito, mas não em outro idioma. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Por favor. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Chega de tanto tentar salvar nossa pele. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Já sabemos, ela alcançará seu fim. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Salvemos nossa alma da ruína, desse excesso de gestos comedidos, do medo, da solidão. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Porque fugir é instintivo, e é biologicamente tão mais fácil e provável. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Ficar é escolha. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Que haja amor e menos covardia nas nossas escolhas... </span><br /><span style="font-family: verdana;">Senhor, escutai as nossas preces. </span><br /><span style="font-family: verdana;">Amém.'</span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-64169605296637897672009-09-16T12:46:00.000-07:002009-09-16T12:47:30.704-07:00<span style="font-family: verdana;">Pior do que se sentir perdida é perder-se em si mesmo. No emaranhado do que você acredita misturado ao que você é ou era. O que você acredita, apostando corrida com o que você mais detesta. O que você tem, jogando palitinhos com o que você quer. Seu amor e suas dores na linha de chegada e o coração de juiz em dia de clássico.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Eu não sei se você entende o raciocínio de quem não tem raciocinado ultimamente ou se entende o porquê de certas coisas que não se explicam.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Mas quando a cabeça pensa demais será que nossa alma enriquece?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Você cheio de indagações e de táticas que não fazem o menor sentido. (pelo menos para você ou pelo menos naquele momento).</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Suas certezas mudam, suas prioridades deixam de ser prioridades já que você nem sabe mais o que deseja. Até sabe, mas está tão longe e você tão cansado que o mais fácil é deixar que as prioridades te encontrem e você pode fugir do que não interessa. Seus princípios enfraquecidos te cobram uma atitude e você cobra a coragem.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Seus olhos pesam e seu coração já bate fraco. De tanto que bateu a vida inteira. De tanto chorar amor e fracassos. De tanto chorar pelo leite derramado você decide que se entender é complicado demais. O quente queima e o frio é gelado demais, vai o morno mesmo que não causa sensação alguma e no momento você não tem sequer condições de sentir algo. Sentir dá trabalho e trabalho acarreta uma série de responsabilidades. Responsabilidade é chato demais e não aquece seus pés nos dias frios.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Você enfim, opta por decidir somente pelo necessário. Pelo que realmente vai fazer alguma diferença em sua vida e desiste de tentar equilibrar-se, isso é para artista circense e você nem gosta tanto de circo. Melhor deixar assim.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Uma porta de saída e uma de entrada. O que vale fica e o que não vale que valesse. Nada de culpa ou de noites mal dormidas, nada de coração na boca em de frio na barriga.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva . Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende.</span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-9910374162129230462009-09-03T00:15:00.000-07:002009-09-03T00:17:56.233-07:00Blues da Piedade<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: georgia;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;">Nem sempre eles vão entender. Milhares de vezes eles não vão entender. Por que doeu tanto, por que esse e não aquele, por que diferente? Por que assumir, por que não engolir, por que insistir? Vão te chamar de exagerada, de burra, maluca tantas vezes que nem o hospício te aceitaria. Por que tanta raiva, como assim tanto amor, mas essa fase não passa? Vão brigar, virar a cara, rir pelos cantos e falar pelas costas. Descompensada. Anárquica. Sentimental. Voluntariosa. <span style="font-size:9.5pt;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;">Quando era só porque pintou o cabelo de vermelho, fez uma tatuagem, colocou um piercing… Quando era só rebeldia sem causa… Quando eram só alterações hormonais… Precisa de tudo isso? Ainda quer mais? É para chamar a atenção? Eles não entendem. Vontade de gritar, bater, vontade de sacudir, me ouve! Olha! Não vê? Como não vê? Não discute. Não sofre tanto. Segue. Sustenta. Acredita. <span style="font-size:9.5pt;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;">Nem sempre eles vão te abraçar. Poucos abraços serão sinceros. Eles não sentem a sua dor, não carregam a sua cabeça cheia de idéias, minhocas, memórias, raciocínios imperfeitos e tão fora de hora. Não fazem bater todos os segundos o seu coração tantas vezes esmigalhado, superlotado, sobrecarregado e sempre forte. Eles não engoliram as suas lágrimas. Não limparam suas feridas. Não moveram seus pés para seguir adiante. Eles não vieram até aqui. Não amaram com seus olhos. Não urraram pra arrancar do peito a explosão da sua vitória. Não engoliram seu orgulho, não voltaram atrás por você. Eles não sabem. <span style="font-size:9.5pt;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;">Nem sempre eles vão estar ali. Não pouparão a primeira pedra. Não vão aceitar. Não vão ajudar. Não suporte. Não mãos dadas. Não compaixão. Não desista. Não se envergonhe. Não se traia. Não será sempre assim. Uma pessoa precisa te entender. Um abraço precisa ser sincero. Uma pessoa precisa ser feliz. Que seja você. Nem sempre eles conseguem.</p><p class="MsoNormal" face="trebuchet ms" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;">Bruna Demaison</span></span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><b>25/06/2008</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><b>http://www.tribuneiros.com/2008/06/25/blues-da-piedade/<br /></b></span></p>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-46902513402988655182009-09-02T23:45:00.003-07:002009-09-02T23:45:55.763-07:00'você é real ou é espírito?<br />eu sou a tristeza'<br /><br />isabeau - o feitiço de áquilaIsa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-24250525162035514082009-08-04T23:24:00.000-07:002009-08-04T23:25:15.573-07:00SUGESTÕES PARA ATRAVESSAR AGOSTO<span style="font-family: verdana;">Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques-tudo isso ajuda a atravessar agosto.</span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-75158194608379873342009-07-28T20:23:00.000-07:002009-07-28T20:24:07.032-07:00... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-14951338303938471302009-05-21T22:30:00.000-07:002009-05-21T22:31:09.048-07:00Sou eu assim sem vocêFoi em um bar, aquele onde todos iam. Ou foi naquela boate? Tempos depois você me chamou para sair, mas lá atrás já passávamos horas rindo e ignorando o resto das festas. Eu te achava tão inteligente que tinha até medo de falar alguma burrice!<br />Te adorar estava ali como o acordar, falar, viver. Tentei tanto e por tanto tempo te esquecer que desisti de tentar, e foi durante esse tempo que fui me esquecendo de outras coisas. Esqueci que não sabia dirigir. Esqueci de pisar na embreagem, engatar a primeira, soltar lentamente o pedal, colocar o veículo em movimento, ouvir o barulho do motor e nunca passar a quinta porque era difícil reduzir.<br />Quando lembrei, já estava fazendo como se sempre o tivesse feito. Ou como se tivesse aprendido a fazê-lo. Esqueci de sempre agradar. Logo eu, que chorava no banheiro da escola por ter sido repreendida, que tantas vezes me identifiquei com aqueles garotinhos que têm a merenda roubada pelos fortões, um dia me vi discordando.<br />O que é isso? Só percebi quando já estava emitindo uma opinião contrária em público! Eu, a rainha do “precisa buscar tia Maricotinha logo ali no Japão, você vai, querida?”. E as oportunidades imperdíveis? Esqueci de não perdê-las e perdi milhares durante esse tempo, quase matei de desgosto um bocado de gente e aproveito o espaço para me desculpar por tê-los feito sofrer tanto, quanta decepção, sinto desapontá-los.<br />Sinto uma enorme vontade de mandá-los longe! As expectativas eram deles, não pedi, era decepcionar lá ou cá e não percebi a virada ou teria anotado o passo a passo dessa mudança. No começo eu me desculpava e sofria, depois só me desculpava e depois nem sabia mais de culpa nenhuma. Esqueci que não sabia o que eu queria, e por não saber fui fazendo para ganhar tempo e nesse tempo ganhei sabedoria.<br />Nesse tempo não esqueci de ter dúvidas, colecionei um monte delas. Mas não em uma daquelas coleções em que os objetos ficam guardadinhos para admirarmos vez ou outra, eu as colecionei para soltá-las. Colecionei medos também, uma porção. A esses ainda sou mais apegada, esqueci foi de anotar a data de extermínio de alguns. E das certezas, dos preconceitos, de algumas idéias e outras decisões. Foi no seu aniversário, na festa que estava marcada na minha agenda há meses. Ou foi quando nos esbarramos na rua naquela tarde? Ainda não tinha me dado conta. Uma coisa estranha. Não fez mais calor ou frio, não repassei depois cada palavra dita. Reparei que seus olhos estavam envelhecidos como os do seu pai. Você sempre falou tão rápido? Não sorri muito porque... não sei por quê.<br />Minhas mãos não costumavam gelar? Em que momento... Eu tentei tanto e por tanto tempo que desisti de tentar, até que esqueci de lembrar de você e agora nem lembro de como era eu sem querer você. Acho que eu era assim. Você notou? Só agora percebi.<br />Algumas mudanças não acontecem sob tempestades, é uma brisinha leve que está sempre ali e um dia, sem nenhum sinal, ops! A duna andou. É isso? Que perigo.Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-75811359903106325272009-05-21T22:29:00.000-07:002009-05-21T22:30:37.963-07:00Modinha de moçaÉ assim mesmo, rapaz. Esse olhar comprido eu conheço bem. Quem mandou não me querer? E dessa vez eu vou lembrar porque sempre esqueço e me convenço de que não sou capaz.<br />Tem problema não. Tem raiva não, mágoa não, tem é nada, só um achar graça e um tantinho de orgulho, assim, uma pontada.<br />O tanto que eu tentei, as vezes que eu liguei. Liga não, moça, que mulher tem que ser difícil. Então melhor eu nascer outra mulher, essa aqui dá mais bola que candidato em dia de comício.<br />Mas você desprezou, fez que era complicado quando enjoou. Acha que eu não sei? Teve complicação nenhuma, foi só mais um que me machucou.<br />Moça nova aceita muita bobagem. Quê isso de modernidade, eu só queria um pouquinho de atenção pra aplacar minha saudade. E quando é assim não tem novidade, moça é boba em tudo que é idade.<br />E não é que eu previ? Que depois que a lágrima secou eu entendi? Demorou um nada e tava você ali. É assim mesmo, rapaz, isso tudo eu já vivi.<br />Agora você ficou pra trás. Que eu também, Camelo, não sou porta de cinema pra dar cartaz.Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-16757890965473415812009-05-04T19:52:00.000-07:002009-05-04T19:53:38.833-07:00O que me faz amar um homemEu realmente acreditava que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Elucubrações e digressões me impressionavam. Conhecimentos literários, artísticos, práticos seduziam a eterna adolescente em mim. Mas descobri que não era isso que me fazia amar: de nada adianta um cérebro invejável, citações brilhantes, se ele não rir das próprias besteiras, se não souber aproveitar as delícias do ócio de um sábado quente. Então percebi: bom humor era essencial.<br /><!-- espaco --><br />É delicioso estar com alguém que vive sem arrastar correntes e faz dos pequenos horrores cotidianos inevitáveis piadas. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, quero alguém que me conforte a alma. Nesses momentos, nada pior do que ser levada na brincadeira - existe uma imensa diferença entre a alegria de viver e a recusa a sair da infância. Então fui invadida pela certeza de que o que me fazia amar alguém era, antes de tudo, a sensibilidade.<br /><!-- espaco --><br />Telefonemas de bom-dia, olhares que vêem, pequenos gestos incontidos - tudo o que eu podia querer. Ou quase. Só sobrevive ao meu lado alguém que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas preciso da certeza de estar com um homem de verdade e não com um moleque preso no complexo de Peter Pan. Quero ser domada, tomada.<br /><!-- espaco --><br />Nem inteligência, bom humor ou sensibilidade me faziam amar alguém. Talvez fosse virilidade.<br /><!-- espaco --><br />Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha. Ser desejada com urgência é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta? Se o que interessa é a movimentação, tudo bem. Mas se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhado de cuidado, carinho. Pensei, então, que ele seria a pedra fundamental pra despertar meu amor. Mas carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora de um desconhecido.<br /><!-- espaco --><br />Um dia, cansei de tentar adivinhar. E, nesse dia, após tantas enumerações paralisadoras e neuróticas, descobri. Hoje sei exatamente o que me faz amar um homem: o amor existir.<br /><!-- espaco --><br />Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali.<br /><!-- espaco --><br />Simples assim.<br /><br /><div style="text-align: right;">texto de Ailin Aleixo.<br /><br /><br /><div style="text-align: left;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">simples assim?</span><br /></div></div>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-85852778684911996832009-04-21T20:16:00.000-07:002009-04-21T20:17:02.270-07:00"Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.<br /><br />Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar"<br /><br /><br />Martha MedeirosIsa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-35691698941965833422009-04-21T20:01:00.000-07:002009-04-21T20:03:21.124-07:00A DOR QUE DÓI MAISTrancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.<br />Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.<br />Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.<br /><br />Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.<br /><br />Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.<br /><br />Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.<br /><br /><br />Martha MedeirosIsa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-60748241698980186022009-04-13T21:03:00.001-07:002009-04-13T21:05:13.185-07:00Os poderes de Greyskull<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 9pt; font-family: Arial;">"Você não pode não lembrar do que queria quando era pequeno, não pode não saber se quem te importa está bem, não pode não conhecer o lugar com o qual sempre sonhou, não pode não dar uma chance se há uma pequena possibilidade de funcionar, não pode não saber quais musicas e filmes te fazem chorar e quais te fazem feliz, não pode não descobrir por que está se sentindo mal há tanto tempo, não pode não ter algo só seu, não pode não ter alguém com quem contar e não pode não ter um motivo qualquer para continuar. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 9pt; font-family: Arial;"> <o:p></o:p></span></p><span style="font-size: 9pt; font-family: Arial;">Você não pode um dia acordar e ver que não se lembra como tudo ficou assim. Pelo menos não deve."<br /><br />Bruna Demaison em 10/09/2006<br />http://seumartin.zip.net/<br /></span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-84766729974103948432009-03-31T21:55:00.001-07:002009-03-31T22:14:50.882-07:00Tempos esquisitos, esses.<span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:85%;" ><span style="font-family:verdana;">coisas que eu julgava enterradas, ressurgiram com força inesperada.</span><br /><span style="font-family:verdana;">com mais força do que eu.</span><br /><span style="font-family:verdana;">coisas que me confundem a cabeça e o coração.</span><br /><span style="font-family:verdana;">e aí, como proceder?</span><br /><span style="font-family:verdana;">como faz pra continuar lutando?</span><br /><span style="font-family:verdana;">e acordando a cada dia e tentando mais e mais?</span><br /><span style="font-family:verdana;">quando chega o limite pra poder parar de tentar?</span><br /><span style="font-family:verdana;">quando se entregar deixa de ser fracasso? e passa a ser "viver a vida"?</span><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;font-size:85%;" >quando eu vou parar de pensar demais, sentir demais, chorar demais, esperar demais?</span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">tô cansada. exausta.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">de tudo.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">de ter tudo demais ao meu redor.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">eu sei que tudo que eu sinto é na medida que eu posso aguentar, mas até isso tem limite.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">posso aguentar por um tempo. e meu tempo tá acabando.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">quero pausa.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">férias da minha cabeça e do meu coração.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">voltar qdo eles já estiverem curados, inteiros e compostos, calmos, descomplicados...</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);font-size:100%;" ><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">"Nobody said it was easy</span><br /></span></span><span style="color: rgb(153, 153, 153);"><span style=";font-family:verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(51, 204, 255);"><span style="color: rgb(0, 0, 153);"> No one ever said it would be this hard"</span><br /><br /></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >eu sei que não adianta tentar fazer as coisas andarem mais rápidas.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >e nem me preocupar antes do tempo.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >mas se ao menos eu soubesse que as coisas que são claras pra mim estão certas... daria alívio.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >é isso que quero: alívio.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >saber que não é à toa.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >que não é jogado fora. que cada lágrima e cada dia cinza tem explicação.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >não uma explicação qualquer, mas uma que vai mudar a minha vida.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >ou pelo menos, que vai me fazer sair da inércia. do torpor.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >alguma coisa que me empurre pra frente. à força mesmo, na base da porrada. que seja.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >pq tô cansada de ficar parada no mesmo lugar, vendo tudo se mover.</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >eu tenho fé.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >em mim, no meu coração.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" >eu ainda tenho fé.</span><br /></span></span></span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-8647715713928101132009-02-18T09:42:00.000-08:002009-02-18T09:44:14.721-08:00...<br /><br /><br />Minhas mãos milagrosas que você tanto gostava, as unhas vermelhas que antes te acariciavam apertaram a sua goela e agora, querido, você nunca mais vai me enlouquecer. <span style="color: rgb(204, 0, 0);">Eu avisei que um dia essa fase ia passar.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-style: italic;">e tá passando.</span></span><br /></span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-15155964789767534342009-02-05T18:50:00.000-08:002009-02-05T19:00:08.989-08:00Índios<span style="font-size:100%;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-family: trebuchet ms;">posso dizer que poucas pessoas me entendem de verdade.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">poucas mesmo.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">conto numa mão.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">mas essas poucas me conhecem melhor que eu.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">e segundo uma delas, eu sou assim</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102); font-family: trebuchet ms;">"Eu quis o perigo</span></span><br /><span style="font-family: trebuchet ms; color: rgb(255, 102, 102);"> E até sangrei sozinho</span><br /></span><span style="font-family: trebuchet ms; color: rgb(255, 102, 102);"><span style="font-size:85%;"> Entenda!"<br /></span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-size:85%;">ela me entendeu.<br />brigada, bee.</span><br /></span></span></span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6723271007090653825.post-10669623444035245132009-02-01T19:24:00.000-08:002009-02-01T19:25:53.311-08:00Antes que o futuro acabe<span style="font-size:85%;"><span style="font-family: verdana;">Antes que o futuro acabe quero saber quem de verdade me amou.</span><br /><span style="font-family: verdana;">Eu quero ter sido amor de alguém que tinha opção de me ignorar; desejo de alguém que poderia nunca ter me conhecido.</span><br /><br /></span><span style="font-family: verdana;font-size:85%;color:#950000;" >João Paulo Duarte</span>Isa Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/01959557691436544828noreply@blogger.com0