domingo, 13 de dezembro de 2009

*We all know what's happening here because it's happened before. Like an avalanche, there's nothing we can do about it so we don't even need to speak. But this time, if we're covered by the ice and snow, I will hold you tight. I will keep you warm."

http://pleasefindthis.blogspot.com




tudo o que eu queria falar. e fazer. e me permitir sentir.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

'Para perder menos tempo com joguinhos.
Para vencer o medo.
Para dizer o que tiver que ser dito, mas não em outro idioma.
Por favor.
Chega de tanto tentar salvar nossa pele.
Já sabemos, ela alcançará seu fim.
Salvemos nossa alma da ruína, desse excesso de gestos comedidos, do medo, da solidão.
Porque fugir é instintivo, e é biologicamente tão mais fácil e provável.
Ficar é escolha.
Que haja amor e menos covardia nas nossas escolhas...
Senhor, escutai as nossas preces.
Amém.'

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pior do que se sentir perdida é perder-se em si mesmo. No emaranhado do que você acredita misturado ao que você é ou era. O que você acredita, apostando corrida com o que você mais detesta. O que você tem, jogando palitinhos com o que você quer. Seu amor e suas dores na linha de chegada e o coração de juiz em dia de clássico.

Eu não sei se você entende o raciocínio de quem não tem raciocinado ultimamente ou se entende o porquê de certas coisas que não se explicam.

Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Mas quando a cabeça pensa demais será que nossa alma enriquece?

Você cheio de indagações e de táticas que não fazem o menor sentido. (pelo menos para você ou pelo menos naquele momento).

Suas certezas mudam, suas prioridades deixam de ser prioridades já que você nem sabe mais o que deseja. Até sabe, mas está tão longe e você tão cansado que o mais fácil é deixar que as prioridades te encontrem e você pode fugir do que não interessa. Seus princípios enfraquecidos te cobram uma atitude e você cobra a coragem.

Seus olhos pesam e seu coração já bate fraco. De tanto que bateu a vida inteira. De tanto chorar amor e fracassos. De tanto chorar pelo leite derramado você decide que se entender é complicado demais. O quente queima e o frio é gelado demais, vai o morno mesmo que não causa sensação alguma e no momento você não tem sequer condições de sentir algo. Sentir dá trabalho e trabalho acarreta uma série de responsabilidades. Responsabilidade é chato demais e não aquece seus pés nos dias frios.

Você enfim, opta por decidir somente pelo necessário. Pelo que realmente vai fazer alguma diferença em sua vida e desiste de tentar equilibrar-se, isso é para artista circense e você nem gosta tanto de circo. Melhor deixar assim.

Uma porta de saída e uma de entrada. O que vale fica e o que não vale que valesse. Nada de culpa ou de noites mal dormidas, nada de coração na boca em de frio na barriga.

Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva . Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Blues da Piedade


Nem sempre eles vão entender. Milhares de vezes eles não vão entender. Por que doeu tanto, por que esse e não aquele, por que diferente? Por que assumir, por que não engolir, por que insistir? Vão te chamar de exagerada, de burra, maluca tantas vezes que nem o hospício te aceitaria. Por que tanta raiva, como assim tanto amor, mas essa fase não passa? Vão brigar, virar a cara, rir pelos cantos e falar pelas costas. Descompensada. Anárquica. Sentimental. Voluntariosa.

Quando era só porque pintou o cabelo de vermelho, fez uma tatuagem, colocou um piercing… Quando era só rebeldia sem causa… Quando eram só alterações hormonais… Precisa de tudo isso? Ainda quer mais? É para chamar a atenção? Eles não entendem. Vontade de gritar, bater, vontade de sacudir, me ouve! Olha! Não vê? Como não vê? Não discute. Não sofre tanto. Segue. Sustenta. Acredita.

Nem sempre eles vão te abraçar. Poucos abraços serão sinceros. Eles não sentem a sua dor, não carregam a sua cabeça cheia de idéias, minhocas, memórias, raciocínios imperfeitos e tão fora de hora. Não fazem bater todos os segundos o seu coração tantas vezes esmigalhado, superlotado, sobrecarregado e sempre forte. Eles não engoliram as suas lágrimas. Não limparam suas feridas. Não moveram seus pés para seguir adiante. Eles não vieram até aqui. Não amaram com seus olhos. Não urraram pra arrancar do peito a explosão da sua vitória. Não engoliram seu orgulho, não voltaram atrás por você. Eles não sabem.

Nem sempre eles vão estar ali. Não pouparão a primeira pedra. Não vão aceitar. Não vão ajudar. Não suporte. Não mãos dadas. Não compaixão. Não desista. Não se envergonhe. Não se traia. Não será sempre assim. Uma pessoa precisa te entender. Um abraço precisa ser sincero. Uma pessoa precisa ser feliz. Que seja você. Nem sempre eles conseguem.


Bruna Demaison
25/06/2008

http://www.tribuneiros.com/2008/06/25/blues-da-piedade/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

'você é real ou é espírito?
eu sou a tristeza'

isabeau - o feitiço de áquila

terça-feira, 4 de agosto de 2009

SUGESTÕES PARA ATRAVESSAR AGOSTO

Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques-tudo isso ajuda a atravessar agosto.

terça-feira, 28 de julho de 2009

... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sou eu assim sem você

Foi em um bar, aquele onde todos iam. Ou foi naquela boate? Tempos depois você me chamou para sair, mas lá atrás já passávamos horas rindo e ignorando o resto das festas. Eu te achava tão inteligente que tinha até medo de falar alguma burrice!
Te adorar estava ali como o acordar, falar, viver. Tentei tanto e por tanto tempo te esquecer que desisti de tentar, e foi durante esse tempo que fui me esquecendo de outras coisas. Esqueci que não sabia dirigir. Esqueci de pisar na embreagem, engatar a primeira, soltar lentamente o pedal, colocar o veículo em movimento, ouvir o barulho do motor e nunca passar a quinta porque era difícil reduzir.
Quando lembrei, já estava fazendo como se sempre o tivesse feito. Ou como se tivesse aprendido a fazê-lo. Esqueci de sempre agradar. Logo eu, que chorava no banheiro da escola por ter sido repreendida, que tantas vezes me identifiquei com aqueles garotinhos que têm a merenda roubada pelos fortões, um dia me vi discordando.
O que é isso? Só percebi quando já estava emitindo uma opinião contrária em público! Eu, a rainha do “precisa buscar tia Maricotinha logo ali no Japão, você vai, querida?”. E as oportunidades imperdíveis? Esqueci de não perdê-las e perdi milhares durante esse tempo, quase matei de desgosto um bocado de gente e aproveito o espaço para me desculpar por tê-los feito sofrer tanto, quanta decepção, sinto desapontá-los.
Sinto uma enorme vontade de mandá-los longe! As expectativas eram deles, não pedi, era decepcionar lá ou cá e não percebi a virada ou teria anotado o passo a passo dessa mudança. No começo eu me desculpava e sofria, depois só me desculpava e depois nem sabia mais de culpa nenhuma. Esqueci que não sabia o que eu queria, e por não saber fui fazendo para ganhar tempo e nesse tempo ganhei sabedoria.
Nesse tempo não esqueci de ter dúvidas, colecionei um monte delas. Mas não em uma daquelas coleções em que os objetos ficam guardadinhos para admirarmos vez ou outra, eu as colecionei para soltá-las. Colecionei medos também, uma porção. A esses ainda sou mais apegada, esqueci foi de anotar a data de extermínio de alguns. E das certezas, dos preconceitos, de algumas idéias e outras decisões. Foi no seu aniversário, na festa que estava marcada na minha agenda há meses. Ou foi quando nos esbarramos na rua naquela tarde? Ainda não tinha me dado conta. Uma coisa estranha. Não fez mais calor ou frio, não repassei depois cada palavra dita. Reparei que seus olhos estavam envelhecidos como os do seu pai. Você sempre falou tão rápido? Não sorri muito porque... não sei por quê.
Minhas mãos não costumavam gelar? Em que momento... Eu tentei tanto e por tanto tempo que desisti de tentar, até que esqueci de lembrar de você e agora nem lembro de como era eu sem querer você. Acho que eu era assim. Você notou? Só agora percebi.
Algumas mudanças não acontecem sob tempestades, é uma brisinha leve que está sempre ali e um dia, sem nenhum sinal, ops! A duna andou. É isso? Que perigo.

Modinha de moça

É assim mesmo, rapaz. Esse olhar comprido eu conheço bem. Quem mandou não me querer? E dessa vez eu vou lembrar porque sempre esqueço e me convenço de que não sou capaz.
Tem problema não. Tem raiva não, mágoa não, tem é nada, só um achar graça e um tantinho de orgulho, assim, uma pontada.
O tanto que eu tentei, as vezes que eu liguei. Liga não, moça, que mulher tem que ser difícil. Então melhor eu nascer outra mulher, essa aqui dá mais bola que candidato em dia de comício.
Mas você desprezou, fez que era complicado quando enjoou. Acha que eu não sei? Teve complicação nenhuma, foi só mais um que me machucou.
Moça nova aceita muita bobagem. Quê isso de modernidade, eu só queria um pouquinho de atenção pra aplacar minha saudade. E quando é assim não tem novidade, moça é boba em tudo que é idade.
E não é que eu previ? Que depois que a lágrima secou eu entendi? Demorou um nada e tava você ali. É assim mesmo, rapaz, isso tudo eu já vivi.
Agora você ficou pra trás. Que eu também, Camelo, não sou porta de cinema pra dar cartaz.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O que me faz amar um homem

Eu realmente acreditava que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Elucubrações e digressões me impressionavam. Conhecimentos literários, artísticos, práticos seduziam a eterna adolescente em mim. Mas descobri que não era isso que me fazia amar: de nada adianta um cérebro invejável, citações brilhantes, se ele não rir das próprias besteiras, se não souber aproveitar as delícias do ócio de um sábado quente. Então percebi: bom humor era essencial.

É delicioso estar com alguém que vive sem arrastar correntes e faz dos pequenos horrores cotidianos inevitáveis piadas. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, quero alguém que me conforte a alma. Nesses momentos, nada pior do que ser levada na brincadeira - existe uma imensa diferença entre a alegria de viver e a recusa a sair da infância. Então fui invadida pela certeza de que o que me fazia amar alguém era, antes de tudo, a sensibilidade.

Telefonemas de bom-dia, olhares que vêem, pequenos gestos incontidos - tudo o que eu podia querer. Ou quase. Só sobrevive ao meu lado alguém que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas preciso da certeza de estar com um homem de verdade e não com um moleque preso no complexo de Peter Pan. Quero ser domada, tomada.

Nem inteligência, bom humor ou sensibilidade me faziam amar alguém. Talvez fosse virilidade.

Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha. Ser desejada com urgência é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta? Se o que interessa é a movimentação, tudo bem. Mas se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhado de cuidado, carinho. Pensei, então, que ele seria a pedra fundamental pra despertar meu amor. Mas carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora de um desconhecido.

Um dia, cansei de tentar adivinhar. E, nesse dia, após tantas enumerações paralisadoras e neuróticas, descobri. Hoje sei exatamente o que me faz amar um homem: o amor existir.

Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali.

Simples assim.

texto de Ailin Aleixo.


simples assim?

terça-feira, 21 de abril de 2009

"Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar"


Martha Medeiros

A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


Martha Medeiros

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Os poderes de Greyskull

"Você não pode não lembrar do que queria quando era pequeno, não pode não saber se quem te importa está bem, não pode não conhecer o lugar com o qual sempre sonhou, não pode não dar uma chance se há uma pequena possibilidade de funcionar, não pode não saber quais musicas e filmes te fazem chorar e quais te fazem feliz, não pode não descobrir por que está se sentindo mal há tanto tempo, não pode não ter algo só seu, não pode não ter alguém com quem contar e não pode não ter um motivo qualquer para continuar.

Você não pode um dia acordar e ver que não se lembra como tudo ficou assim. Pelo menos não deve."

Bruna Demaison em 10/09/2006
http://seumartin.zip.net/

terça-feira, 31 de março de 2009

Tempos esquisitos, esses.

coisas que eu julgava enterradas, ressurgiram com força inesperada.
com mais força do que eu.
coisas que me confundem a cabeça e o coração.
e aí, como proceder?
como faz pra continuar lutando?
e acordando a cada dia e tentando mais e mais?
quando chega o limite pra poder parar de tentar?
quando se entregar deixa de ser fracasso? e passa a ser "viver a vida"?
quando eu vou parar de pensar demais, sentir demais, chorar demais, esperar demais?
tô cansada. exausta.
de tudo.
de ter tudo demais ao meu redor.
eu sei que tudo que eu sinto é na medida que eu posso aguentar, mas até isso tem limite.
posso aguentar por um tempo. e meu tempo tá acabando.
quero pausa.
férias da minha cabeça e do meu coração.
voltar qdo eles já estiverem curados, inteiros e compostos, calmos, descomplicados...

"Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard"

eu sei que não adianta tentar fazer as coisas andarem mais rápidas.
e nem me preocupar antes do tempo.
mas se ao menos eu soubesse que as coisas que são claras pra mim estão certas... daria alívio.
é isso que quero: alívio.
saber que não é à toa.
que não é jogado fora. que cada lágrima e cada dia cinza tem explicação.
não uma explicação qualquer, mas uma que vai mudar a minha vida.
ou pelo menos, que vai me fazer sair da inércia. do torpor.
alguma coisa que me empurre pra frente. à força mesmo, na base da porrada. que seja.
pq tô cansada de ficar parada no mesmo lugar, vendo tudo se mover.

eu tenho fé.
em mim, no meu coração.
eu ainda tenho fé.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

...


Minhas mãos milagrosas que você tanto gostava, as unhas vermelhas que antes te acariciavam apertaram a sua goela e agora, querido, você nunca mais vai me enlouquecer. Eu avisei que um dia essa fase ia passar.





e tá passando.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Índios

posso dizer que poucas pessoas me entendem de verdade.
poucas mesmo.
conto numa mão.
mas essas poucas me conhecem melhor que eu.
e segundo uma delas, eu sou assim

"Eu quis o perigo

E até sangrei sozinho
Entenda!"


ela me entendeu.
brigada, bee.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Antes que o futuro acabe

Antes que o futuro acabe quero saber quem de verdade me amou.
Eu quero ter sido amor de alguém que tinha opção de me ignorar; desejo de alguém que poderia nunca ter me conhecido.

João Paulo Duarte

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Aí sempre chega um dia em que um pouco não é suficiente.
O dia em que vc sente que não tem mais onde se apegar.
Que mesmo aquela esperança micro que existia dentro de vc fez as malas e se mandou.
Aí sempre chega um dia que vc simplesmente não tem mais esperanças.
Em nada. Ou em tudo.
Chega aquela hora que só viver, de qq maneira, é bom o bastante.
Sem fazer planos, sem grandes aspirações.
Só viver, com o que lhe é dado pelo caminho.
Só ver o passar dos dias, e passar por eles.
Tentando não se afogar no turbilhão interior.
Tentando manter a cabeça o centímetro exato acima da água, pra poder não morrer afogado.
É aí que vc começa a fingir alegria.
Pra vc e pros outros.
E chega uma hora que a performance é tão boa que vc, de fato, se convence.
E começa a viver uma mentira. Ou continua?
Até que ponto a vida até aqui não foi mentira?
Como é que coisas tão pequenas tem tamanho poder?
Onde é o botão que desliga?
O botão que faz vc parar de se importar?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Pressentimento

Vem meu novo amor
Vou deixar a casa aberta
Já escuto os teus passos
Procurando o meu abrigo.

Vem que o sol raiou
Os jardins estão florindo
Tudo faz pressentimento
Que esse é o tempo ansiado de se ter felicidade.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Eu quero o meu bem

O que primeiro se aprende na vida não é respirar, nem chorar sem pudores quando algo incomoda (isso inclusive é o que se desaprende com o tempo). Antes de qualquer um nascer, e até sob as piores condições, o que se aprende é amar. O que vem depois, durante o inexplicável período em que passamos vagando pela Terra em busca de nem sei o quê, é que nos faz desaprender as coisas que fazíamos por instinto. Andar que nem um dinossauro sabendo que antes de cair alguém vai nos segurar é uma delas. Desinventamos o amor que era tão simples, dificultamos a existência. Por desvios no caminho, nos falta a lição do ceder, do perdoar, do entender, e publicam-se milhares de linhas sobre o que ninguém nunca precisou ensinar, porque amar, isso todo mundo sabia.

Eu hoje não quero o seu amor, se isso é tudo o que você pode me dar, pega e leva para longe daqui, para alguém que aceite pequenos pedaços de afeição em esporádicos instantes de sobriedade. Eu quero a sua vontade.

Amor é pouco se é só isso. Se não vem com um exército de sentimentos inatos, ele não vai dar conta. Gostamos de alguém por motivos inexplicáveis, que fazem com que duas pessoas no meio de um milhão se olhem e sintam uma estranha vontade de se unir. É preciso muita disposição para conviver porque tem tudo para dar errado, são exigências demais, duas vontades diferentes se equilibrando o tempo inteiro em nome de quê? De amor, que é a razão mas não o processo. Para o processo, precisa de mais, e a decisão de dar ou não mais é puramente racional. Não se trata de simbiose, eu quero a sua cumplicidade.

Sou eu com quem você conversa por horas sem cansar, que te faço rir, que sou o colo mais gostoso onde você relaxa e quem todos os dias te seduz impulsionada por esse olhar desejoso de quem não quer me perder, então pensa rápido. Porque essa mulher que conquistou seu coração quer mais do que o peso do corpo que desaba na cama saciado e exausto. Não é culpa do mundo, como se ele não fosse feito de opções pessoais, nem é por você ser assim e pronto, como se fosse fruto de uma força externa, temos escolhas a fazer. Se tudo é mais importante do que eu, fica com o tudo, o tudo sem mim. Eu quero a sua coragem.

Eu quero tanto quanto posso dar e dou porque consigo e consigo porque acredito que ninguém se une por falta de espaço para morar. Saber do amor não basta, eu preciso dos beijos, não há nada mais solitário do que um amor que não se cumpre. Preciso estar bem com essa bizarra sensação de que a sua presença completa o meu dia mesmo que, além do seu abraço, eu precise de comida, de trabalho, de desafios, de aplausos e de um armário lotado, você é meu entretenimento mais sério e carinhoso. Não é seguro lá fora e é bom ter uma mão para apertar. Eu quero a sua certeza.

Não farei nada além para impedir que, em algumas desculpas, você ponha abaixo a nossa construção. Não vou gritar na sua cara para provar que não se sai amando por aí como se fosse corriqueiro, não vou te bater para aliviar a raiva que me dá saber que isso não é justo. Então sai daqui agora, não se despede e nunca, nunca, olhe para trás porque eu não vou mais estar aqui esperando. Pode ir, mas sai assumindo o seu ato. Vai ciente de que ninguém nos impõe caminhos, somos todos cem por cento responsáveis pelo que decidimos. Me deixa, mas lá na frente, quando o peso do arrependimento esmagar a sua cabeça e o coração não sair nem com um grito de dor, reafirma para você mesmo que, sim, desperdiçou o amor de quem te queria por incapacidade de mudar.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

coisas têm acontecido pra me mostrar que o mundo dá voltas e que é pra frente que se anda.
mesmo qdo a pessoa leva um pé na bunda, é bom que é empurrada pra frente.
pelo menos, procuro acreditar nisso. ;D

então é assim que tem que ser.
mais do nunca, as coisas têm acontecido pra provar que o que é meu, a mim vem.
e me precipitar não ajuda em nada mesmo.

então é assim.
a vida vai acontecer. e vai acontecer de maneira calma, alegre, tranquila e feliz.

e tenho dito.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Lua estrela

"Vento que bate, leva embora pra longe...
A tristeza que agora não posso mais carregar"

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2009

2008 foi um ano, no mínimo, esquisito.
mts coisas boas aconteceram. e mts coisas ruins tb.
e o pior que as coisas ruins aconteceram juntas, então parece que o ano teve um saldo negativo.
mas não teve.
parando pra pensar, 2008 foi bem bom.
podia ter sido um ano ótimo, como 2006. mas foi só bom.
antes só bom do que só ruim.
bem, sei lá.

mas tô com um bom pressentimento pra 2009.
tô achando que esse vai ser um ano ótimo, tipo 2006.
2009 vai ser um ano 2006.
um ano sem grandes expectativas mas com enormes realizações.
e é isso que quero pro meu ano.
e vou trabalhar pra conseguir.

meu ano novo vai ser um ano feliz.
pra mim e pros meus.